sábado, 18 de dezembro de 2010
Último beijo
Um garoto bobo, que fazia muitas brincadeiras, amava uma menina desde a sétima série, e no primeiro ano do ensino médio, quando entraram de férias, para ano que vem entrarem no segundo colegial, ele se preparava para declarar seu amor a ela. E sempre, no MSN, perguntava para ela se continuaria estudando junto dele, ela dizendo que sim, mas quando faltava apenas três semanas para o inicio das aulas, ela lhe disse que não iria estudar com ele, e iria para outra escola e num outro horário. Isso logicamente o abalou, e todos os dias na escola ele nem mesmo ligava para a aula, afinal porque prestar atenção em uma aula no qual não é sobre ela.
Tempos passaram, e o garoto nunca a esqueceu, sempre chorando de saudades, mesmo que conversasse com ela por meio da internet, ele queria vê-la todos os dias de manhã de novo, poder passar cinco horas a vendo e imaginando um lindo futuro ao seu lado, poder sentir seu perfume e assim “ganhar o dia”, poder tocar sua pele e sonhar com aquele corpo ao seu lado para sempre, pensando que o mundo nunca iria acabar para os dois. Em um lindo dia, em que o garoto ainda mais pensava nela, ao passar pela rua todo desconcentrado com o mundo um carro o atropelou, foi tudo muito rápido, um choque muito grande que o levou a ficar em coma. Apenas depois de seis meses o rapaz acordou, ainda traumatizado e com alguns problemas que eram controlados por máquinas acopladas no seu corpo, e para sua surpresa quando acordou viu sentada numa cadeira sua amada cochilando, parecendo estar ali por muito tempo. Ela o escutou acordando e ficou muito feliz, o abraçou, tomando cuidado para não o machucar, dizendo ter sido muito bom vê-lo acordando, e levemente perguntou para ele qual o motivo de ele não ter prestado atenção na rua, e respondendo a pergunta dela o rapaz chorando disse que era porque no instante do atropelamento ele estava pensando profundamente nela. Ela ao receber essa resposta tão constrangedora, pensou no que falar, já que a algum tempo descobriu que ele a amava e ela o amava também, e queria de alguma forma lhe dizer isso. Como resultado lhe disse, de um jeito animador, que já que ela, de certa forma, causou aquilo, ele poderia fazer um pedido qualquer que ela o concederia. Ele percebendo que já estava prestes a morrer, pois um aparelho tinha parado de funcionar e ele não quis dizer nada, pediu um beijo para poder sentir seu perfume, sua pele e poder morrer pensando que ele a beijou. Ela como prometido lhe beijou chorando de alegria, e quando foi dizer que também o amava e queria viver com ele o resto da vida, ouviu um som no qual seu coração estremeceu, e ao olhar para seu amor, viu que ele tinha deixado esse mundo.
Chorou desesperadamente, gritava seu nome, o beijava e ao ver os médicos tirando-o do quarto pulou em cima do corpo, e de um jeito inexplicável, morreu abraçando-o e beijando-o pela primeira e última vez.
23/03/2010
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